Os clientes digitais são cada vez mais desconfiados. Além dos compradores valorizarem as revisões dos produtos, eles agora dão cada vez mais importância às imagens. 

A maioria dos compradores acha que a informação visual é mais importante do que o texto quando se trata de produtos, de acordo com um novo estudo do Intent Lab. Cada vez mais, os consumidores optam pela pesquisa visual para encontrar aquilo que desejam.

A pesquisa visual pode ser feita de várias formas. O método mais comum é quando pesquisamos o produto que pretendemos no formato imagem. Algumas plataformas permitem que os consumidores usem a funções da câmera dos seus dispositivos móveis para tirar fotos, e desta forma o software  oferece resultados de pesquisa semelhantes ao produto fotografado.  Outros apresentam imagens e permitem que os clientes filtrem os resultados de maneira visual, selecionando ícones ou fotos para fornecer resultados mais precisos.

Os consumidores mais jovens são considerados responsáveis por esta mudança comportamental. Aqueles que procuram roupas e móveis indicaram que preferem (85% das vezes) a informação visual. Quando falamos da categoria de bens electrónicos, esta percentagem é bastante menor, devido à importância da descrição neste tipo de artigos. No geral, a informação visual é preferida ao texto em pelo menos 50% dos entrevistados em todas as categorias, exceto para produtos electrónicos, utensílios domésticos e vinhos e destilados.

O Instagram tem vindo a aumentar o número de opções que facilitam a compra diretamente através dos posts. O Snapchat está a fazer uma parceria com a Amazon para testar um novo produto de pesquisa visual que permite ao usuário segurar na sua câmera, apontar para um produto físico de modo a que o  aplicativo reconheça o item e ofereça produtos semelhantes para venda na Amazon.

Os recursos de pesquisa visual agora estão cada vez mais disponíveis nos motores de pesquisa e nas plataformas de redes sociais. 

"A pesquisa por imagens fornece muitas informações rapidamente acessíveis, e os consumidores acham que as imagens são mais fáceis de confiar", disse Ashlee Humphreys, professora associada da Medill "No entanto, eles não são imunes a suspeitas; os consumidores ainda acham que podem ser manipulados e confiam mais em fotos de outros consumidores do que nas imagens de uma empresa."

Para 24% dos entrevistados, essa crescente desconfiança em relação ao que eles vêem na Internet deve-se à impressão de que os produtos promovidos aparecem primeiro nos resultados de pesquisa visual, mesmo quando esses produtos não são os melhores para a consulta de pesquisa.